HULK - Cloroplastos Funcionais dentro de Células Animais: Resolvendo o Enigma |
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![]() Programa - Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico - 2014 (PTDC/BIA-ANM/4622/2014) Período de Execução - 2016-06-01 - 2020-02-29 (45 Meses) Entidade Financiadora - FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia Financiamento para o CESAM - 153948 € Financiamento Total - 183732 € Instituicão Proponente - Universidade de Aveiro Instituições Participantes Universidade de LisboaCooperativa de Formação e Animação Cultural, CRL (COFAC) Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL) Institut of Chemical Sciences and Engineering - Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (ISIC-EPFL), Swiss Muséum National d'Histoire Naturelle de Paris (MNHN), France Marine Biological Laboratory (MBL), University of Copenhagen, Denmark Descrição do Projecto Algumas lesmas marinhas (Sacoglossa) alimentam-se de algas e sequestram cloroplastos, que podem ser mantidos fotossinteticamente ativos dentro células tubulares do seu divertículo digestivo (cleptoplastos) por vários períodos de tempo. Tem sido especulado que a fotossíntese no cleptoplasto constitui a fonte nutricional em períodos de inanição. No entanto, esta associação única dentro dos metazoários está longe de ser compreendida. Investigação recente aponta para a falta de evidência para a putativa transferência de fotossintetizados entre o cleptoplasto e o hospedeiro animal. Foi ainda demonstrado que a fotossíntese não é necessariamente essencial para a sobrevivência dos animais na ausência de comida. Uma hipótese alternativa sugere que os cleptoplastos atuam apenas como reservas de carbono. Fotossíntese em cleptoplastos pode ser sustentada por vários meses após separação deste organelo e o núcleo da alga, apesar de muitos componentes funcionais serem de rápida degradação. Postula-se que genes nucleares de algas terão sido transferidos para o animal, mas outros trabalhos contradizem esta informação. Hipóteses alternativas defendem a robustez do cloroplasto como principal explicação. Possivelmente, a retenção de cleptoplastos funcionais resulta de uma combinação de vários mecanismos físicos e moleculares ainda por descrever. Em simbioses marinhas, o uso eficiente da luz é fundamental para manter os organismos saudáveis. Em lesmas do mar Sacoglossa, os mecanismos de fotoproteção poderão contribuir largamente para a manutenção da atividade fotossintética dos seus cleptoplastos.
Membros do CESAM neste projecto
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